Sydney Opera House

Sydney Opera House

Só aqui :)



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Há já algum tempo que trabalho a partir de casa e há algumas semanas comecei a reparar que de vez em quando ouvia a música "Beautiful Day” dos U2, vinda algures da rua.

Uma das casas na nossa rua está em obras e sempre com trabalhadores durante o dia, inicialmente pensei que fosse do rádio deles. Mas depois reparei que ouvia a música todos os dias, sempre à mesma hora. E depois reparei que passava sempre uma vez de manhã e outra à tarde. Um dia percebi que a música vinha de uma escola aqui perto e que provavelmente seria o toque de entrada e de saída para os miúdos.

Ora na semana passada, a última antes do Natal que aqui marca o início das férias de Verão, o toque da escola era este:


:)

The day I became an Aussie!



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Quando viemos para a Austrália não tínhamos planos. Aliás, dizíamos que ficávamos 6 meses para ver se nos adaptávamos e depois logo se via. E adaptámo-nos.
Os seis meses passaram a um ano, o ano passou a 2 e só 2 anos e meio depois, já cheios de saudades, é que fomos de férias a Portugal. E depois voltámos. E houve mais férias em Portugal e voltámos outra vez. Porque ao fim destes 4 anos e meio, este país passou a ser (também) a nossa casa. Aqui temos os nossos trabalhos, as nossas rotinas e um novo grupo de amigos. Não que os de Portugal tenham sido postos de lado, pelo contrário. A família faz-nos muita falta e os amigos também, mas neste momento o nosso lugar é aqui e vamos mantendo as relações à distância o melhor que podemos, com uma ajudinha do skype e das redes sociais, sabendo que eles (vocês) estarão sempre lá para nos receber quando decidirmos voltar.

Este ano passei a cumprir os requisitos necessários para obter a cidadania e achámos que fazia sentido para a nossa identidade como casal/família que eu também me tornasse Australiana.
Eu já tinha um visto de Residência Permanente que me dava o direito a uma série de regalias que qualquer Australiano tem, a nível de saúde, subsídios, livre entrada e saída do país, etc. A cidadania traz outros direitos, como o direito ao voto (que também é um dever), acesso a empregos na função pública e a candidaturas para cargos políticos e o passaporte Australiano, mas também grandes responsabilidades, como a obrigação de fazer parte de um júri se formos chamados, e de servir o país em caso de conflito.

O processo desta vez foi relativamente simples, fiz a aplicação online e poucas semanas depois fui chamada para fazer o teste que avalia os conhecimentos a nível de cultura, da história, leis e política do país. Um teste de escolha múltipla muito simples, basicamente cultura geral. Pouco tempo depois recebi a confirmação que o meu processo tinha sido aprovado e seria oficializado com a entrega do certificado numa Cerimónia de Cidadania organizada pelo Council da minha área de residência.

Na cerimónia, todos fizemos um juramento, cantámos o hino nacional e recebemos o certificado pelo Mayor. A cerimónia foi simples mas emocionante. Tão bom ver tantas famílias de diferentes etnias unidas pelo mesmo amor a este país que tão bem nos acolheu. Sentia-se o orgulho nos sorrisos estampados no rosto de todos os que receberam o certificado nesse dia.

E assim, o dia 25 de Novembro de 2015 vai ficar na minha memória como mais um marco desta nossa aventura: o dia em que me tornei Luso-Australiana!





Um cheirinho a Verão



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A Primavera chegou e tem-nos trazido belos dias de calor. Apetece sair de casa e os programas sociais tornaram-se mais frequentes. As tardes de fim de semana no sofá foram trocadas por passeios no parque, pic-nics e barbecues, e até já deu para pôr o pézinho na praia!
Que saudades do tempo de Verão! Mas decididamente temos que trocar a nossa querida praia de Coogee por uma menos concorrida, que de ano para ano parece ficar ainda mais lotada.
No fim de semana passado fomos até Curl Curl, a norte, e adorámos o extenso areal e ausência de confusão. Mas as correntes são perigosas e assistimos a alguns salvamentos por isso nadar nesta praia só mesmo between the flags. Este ano queremos continuar a explorar outras praias de Sydney, afinal ainda há tanto por conhecer!

Curl Curl Beach (Imagem daqui)

Querida, ampliei o carro



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Aqui só temos um carro. Como eu trabalho a partir de casa, não preciso de conduzir durante a semana e se for à cidade os transportes públicos são sempre a melhor opção por causa dos preços do estacionamento.
Sendo assim, o nosso segundo carro (depois de um primeiro baratuxo para desenrascar nos primeiros tempos) foi escolhido de acordo com as necessidades dele: uma “ute” com bastante espaço para todas as ferramentas com que ele tem que andar todos os dias para o trabalho.

Claro que ele teve que escolher um carro desportivo, baixinho, cheio de mariquices e não particularmente económico... Eu abstive-me na altura, que para passageira tanto me dava, mas nos últimos tempos tínhamos andado a falar em trocar de carro. Queríamos um que eu também pudesse conduzir quando fosse preciso, mais confortável, seguro e económico, para podermos fazer mais passeios com ele, mas que continuasse a ser um bom carro de trabalho para ele (leia-se, com uma bagageira gigante).

Tendo em conta que as minhas experiências de condução no carro anterior não tinham sido muito agradáveis, quando vi que o sucessor era ainda maior ia-me dando uma coisinha má. Consta que fiquei de queixo caído a olhar para ele assim de baixo e disse qualquer coisa como "isto é mesmo grande" quando o vi pela primeira vez, quando fomos fazer o test-drive.
Para ele foi amor à primeira vista. E para mim também quase, vá. O carro é realmente mais jeitoso e muuuito mais confortável que o outro. Gosto muito mais de ir à pendura neste. Já a conduzir...por enquanto nem por isso... Ele é o tamanho do carro que logo à partida me intimida um bocadinho, ele é a largura que faz com que tenha que ir de braço esticado para chegar às mudanças (logo eu que até tenho uns braços compridos), é uma aventura! Tenho muito que treinar para ver se lhe apanho o jeito.
Por este andar, e tendo em conta a evolução dos nossos carros na Austrália, o próximo provavelmente será um autocarro. Medo...

Fica aqui o antes e depois, no dia em que dissemos bye bye ao Ford Falcon. Eu contente por nos termos finalmente livrado dele, 2 meses depois de termos posto o anúncio online (uma eternidade!), ele com uma lagriminha no canto do olho porque apesar dos "defeitos" diz que adorava aquele carro.

Carro nº2 VS Carro nº3

Há coisas que nunca mudam



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Passar o Inverno em Sydney é lixado. Não só temos que lidar com o tempo esquizofrénico, ora estão 20º e um lindo dia de sol, ora 2º e chove a potes, como grande parte dos portugueses do grupo muda de hemisfério para aproveitar o Verão do outro lado, o que faz com que os que nesse ano não vão a Portugal sintam algumas saudades.

Mas depois preciso de tratar de uma coisa no Consulado Português e lembro-me porque é que ainda não estou preparada para voltar, quando vou consultar o horário de funcionamento e encontro esta frase:
"Caso resida longe, aconselhamos que esteja em Sydney mais do que 1 dia, já que o sistema informático, por vezes, tem avarias técnicas."

Wish me luck!

As notícias



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O telejornal na Austrália é uma coisa que me fascina. Aqui as notícias do "jornal da noite" são quase limitadas ao que acontece na cidade e no estado em que vivemos. No nosso caso, a maior parte das notícias são sobre Sydney e NSW.
E vá, se houver alguma notícia importante noutro estado ou país pode ser que se fale sobre isso, se não é quase como se não existisse o resto do mundo.

Este “regionalismo” tem um certo impacto na forma como reagimos às notícias. Por um lado, parece que estão sempre a acontecer crimes à nossa volta, já que todos os dias ficamos a saber de algum assalto, homicídio ou desacato nalguma zona de Sydney (às vezes perto de nós). É um bocadinho como ler o Correio da Manhã em Portugal. Dá a sensação de que a taxa de criminalidade é alta, o que não é de todo o caso.

Depois há alturas em que parece que não se passa nada de importante para relatar e metade do telejornal são notícias da treta, como “Koala entra num hospital” ou “Tubarão avistado em Bondi Beach”. Bom, também podia falar da quantidade de notícias sobre ataques de tubarão, mas vou mudar de assunto para ver se não me lembro disso mais vezes...

E depois há o sensacionalismo das notícias locais. Por exemplo, agora estamos a passar por uma vaga de frio. Nada de extraordinário, afinal estamos no Inverno, mas o telejornal abre com títulos que incluem "Super Winter Storm”, “Antarctic Vortex”, “Polar Freeze”, “Wild Winter Weather”…
No outro dia quando vi uma imagem de neve acompanhada do título “Cold Front to hit Sydney over the weekend” até parecia que ia nevar em Sydney! Claro que a neve é noutros pontos de NSW, onde não é assim tão estranho nevar no Inverno, mas há que exagerar a notícia...
Posto isto, vou enrolar-me na manta do sofá com um cházinho na mão, que eles exageram na descrição mas até que está fresquinho por aqui...

O lixo e as regras



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Aqui na Austrália há regras para tudo e a maior parte das pessoas respeita-as sem problema, mesmo que não haja grande controle sobre elas. Por exemplo, há muitas estações do comboio que não têm o sistema de torniquetes para sair e entrar, pelo que seria de esperar que muitos "chico-espertos" aproveitassem para viajar sem bilhete. Mas as pessoas sabem que o correcto é pagar a viagem e isso parece bastar. Somos um povo muito honesto e civilizado, uma maravilha!

Não me interpretem mal, eu adoro regras, e no geral acho que as coisas aqui funcionam bem muito por causa delas. O que me chateia é quando as regras são levadas tão a sério que se tornam ridículas. O que tem acontecido várias vezes com a recolha do lixo na nossa zona...

Então é assim, aqui todas as casas/apartamentos têm os seus respectivos baldes do lixo na rua. Todas as semanas, no mesmo dia, esses baldes (que geralmente estão nas traseiras) têm que ser colocados na parte da frente da casa para serem esvaziados pelo camião do lixo (sim, o lixo só é recolhido uma vez por semana, o que cá para mim explica quantidade de baratas por metro quadrado que existe por aqui).
Adiante, até para despejar o lixo há uma série de regras: no amarelo só vão embalagens recicláveis e nada de sacos de plástico (até aqui tudo normal), o balde vermelho é para o lixo normal e o verde para o "lixo" do jardim (troncos, folhas, etc). No dia antes da recolha, ao sol posto, os os baldes têm que ser colocados na frente da casa/prédio respectivo, têm que estar virados de frente para a estrada e as tampas têm que estar fechadas.
Então e o que acontece quando uma das regras não é cumprida à risca? Simplesmente não despejam o nosso balde. Foi o que aconteceu uma vez porque o balde estava muito cheio e a tampa ficou entreaberta, outra vez porque alguém “contaminou” o balde da reciclagem com um saco de lixo, e outras sabe-se lá porquê.

E isto já me começa a irritar! Eu percebo o conceito, percebo que os senhores da câmara nos deixem avisos colados no balde a repreender-nos (ainda que não tenhamos sido nós os “infractores”, já que os baldes do nosso prédio estão todos juntos e ninguém liga aos números), mas o que me chateia é o castigo que nos aplicam.
Ora então se o balde estava muito cheio e os senhores não o levam, o que acham que vai acontecer dali a uma semana, na data da próxima recolha???
Se o balde da reciclagem tinha uma casca de banana e por isso não o despejam, eu não tenho opção senão começar a pôr as embalagens no lixo normal, já que o balde amarelo cheio fica inutilizado por mais duas semanas (sim, o camião da reciclagem só vem de 15 em 15 dias!). E isto é coisa para me tirar do sério. Menos drama, senhores do lixo, menos...

O meu tipo de compra impulsiva



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Encontrar folhas de gelatina a um preço simpático na "semana gourmet" do Aldi e fazer stock mesmo sem ter uma finalidade para elas, porque nunca se sabe quando vou precisar de folhas de gelatina e não as encontrar em lado nenhum...

Coisas que me intrigam



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O Masterchef aqui é uma espécie de novela. É um programa que faz sucesso e por isso parece não ter fim à vista, acaba uma temporada e começa logo outra pouco tempo depois.
Dá quase todos os dias a seguir ao telejornal e ao fim de semana dão a repetição de todos os programas da semana, estilo maratona de Masterchef. E eu sou capaz de passar hora nisto, naqueles domingos de chuva em que não apetece sair do sofá.

Mas há uma coisa que me intriga e em que me ponho sempre a pensar quando vejo o programa: Como é que os concorrentes saberem sempre tantas receitas de cor??

Eu até gosto de cozinhar e para os jantares do dia-a-dia não preciso de receitas. Mas nunca conseguiria fazer um bolo ou uma sobremesa mais elaborada sem essa ajuda. Como é que eles sabem sempre as quantidades certas para cada receita?
E naqueles desafios em que cozinham para muita gente, como é que eles sabem sempre que é preciso X gramas de gelatina em pó por cada X ml de líquido para fazer uma panna cotta? Ou que o frango leva X minutos por cada X gramas a cozer?
A sério que eles não podem espreitar as cábulas antes de começarem a cozinhar? Devo ser mesmo muito amadora nisto da culinária...

Inverno em Sydney



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Não sei o que se passa mas este ano está a voar! Assim quase sem dar por nada de repente estamos em Junho e no Inverno. O Outono passou num instante e nem custou assim tanto, esteve-se quase sempre agradável.
Mas pontualmente a 1 de Junho, o Inverno chegou em grande, com o friozinho característico.
E pronto, cachecóis e mãos nos bolsos de manhã, meias grossas e mantinhas no sofá, roupa de cama no número máximo de camadas possível. Mas é também a época do chocolate quente, dos chás e das actividades de Inverno.

Este Inverno, entre outras coisas, temos:


Um festival de luz, música e cor que anima vários pontos da cidade durante duas semanas. É um dos eventos com maior afluência aqui em Sydney. Este ano cometemos o erro de ir ao fim de semana (oupss!) e se na 6ª até nem estava mau, no sábado apanhámos a multidão. Ainda assim, deu para passear e apreciar as luzes e animações pela cidade. E ainda bem que fomos na semana passada, antes de as temperaturas baixarem, esta semana era para gelar. Brrrr...



Um festival de Inverno com ringue de patinagem no gelo, insufláveis, barraquinhas de bebidas quentes e comida Europeia e desportos de Inverno. Junto à St. Mary's Cathedral na cidade.



Bondi Winter Magic [25 Junho - 12 Julho]
Outro festival de Inverno com um ringue de patinagem no gelo em plena praia. Este ano parece que o ringue não vai estar no areal como vimos em anos anteriores, mas vai ficar em frente ao Bondi Pavillion, que vai dar quase ao mesmo. Um belo passeio para uma tarde de fim de semana.



Cool Yule em Darling Harbour [27 Junho - 12 Julho]
E ainda outro festival de Inverno, com ringue de patinagem no gelo, iluminações variadas, uma zona com neve verdadeira (hmm?) e um iceberg a flutuar na baía (oi?). Um bom programa para um sábado à noite, para apanhar os "Frosty Fireworks" em Darling Harbour às 8:30pm.

E assim o frio até se tolera melhor! Enganaram-me muito bem quando antes de vir para cá me diziam que em Sydney nunca fazia muito frio. Faz sim! Mas felizmente não por muito tempo. E entretanto, enquanto esperamos pelo regresso do tempo dos pic-nics e praia, temos muito com que nos entreter!

Ponto de situação



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Afinal o "chegou o Outono" era um bocadinho mais do que isso.
NSW está a passar por uma tempestade como não havia há uma década. A combinação de chuva torrencial e ventos fortes nunca dá bom resultado e o cenário dos últimos dois dias é este:

Inundações




Árvores derrubadas um pouco por todo o lado




Ondas enoooormes



Areia varrida para fora das praias



Um cruzeiro apanhado pela tempestade
O Carnival Spirit devia ter chegado a Sydney ontem mas ficou retido fora da baía até ter autorização para atracar devido às ondas gigantes. 4000 pessoas permanecem no barco numa zona onde as ondas chegam aos 10 metros de altura. Nem quero imaginar a aflição que devem estar a sentir, sem saber ao certo quando vão poder sair dali.



Todos molhados até ao ossos
O vento é tão forte que não há guarda-chuva que resista. Por toda a cidade há esqueletos a entupir caixotes do lixo ou simplesmente abandonados pelas ruas, naquilo que nas redes sociais se chama de #umbrellageddon


Fotos SMH e Daily Telegraph

Hoje além do cenário de chuva e vento também temos trovoada. Felizmente não há estragos onde moramos e estamos todos bem.
O mesmo não se pode dizer do meu guarda-chuva, que também não resistiu à voltinha de ontem. 4 anos de Austrália e ainda não aprendi que neste tempo só mesmo de galochas e gabardina!

Outono



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E depois há aquele momento em que, depois de várias semanas de tempo agradável, a menina da meteorologia nos diz que esta semana vai ser "wet and miserable".
Pronto, o Outono chegou finalmente a Sydney com chuva a valer, ventos fortes e cenário de tempestade. Este ano não nos podemos queixar muito, afinal o Outono já conta com quase 2 meses e até à semana passada ainda andávamos de calções. Mas agora parece ter vindo para ficar, com a descida das temperaturas e aumento da chuva.

Há umas semanas atrás ainda conseguimos aproveitar os últimos dias do Moonlight Cinema para ir ver um filme no Centennial Park antes de o tempo mudar. Foi a nossa primeira experiência num cinema ao ar livre de cá e percebemos logo que tínhamos ido pouco preparados. 
Como foi uma decisão de última hora, nem deu tempo de preparar o pic-nic para levar, o que foi uma pena porque permitiam comida e bebida no recinto, e até álcool que é quase sempre proibido em todo o lado.
Assim que chegámos vimos a malta toda apetrechada. Eles traziam almofadas, edredons, colchões, cadeiras de praia, geleiras e cestas de pic-nic recheadas. Nós, inexperientes nestas andanças, levávamos apenas uma mantinha para nos sentarmos e casacos para o frio. Comprámos a comida lá, e apesar de não estar má, a variedade não era muita. Da próxima vez, para o ano, iremos melhor preparados.
Na verdade eu queria mesmo ir era ao OpenAir Cinema, o que tem vista para o Harbour, mas como esse é mais concorrido tínhamos que marcar com antecedência e eu tenho sempre receio que chova, que não há tempo mais imprevisível que o de Sydney, mesmo no Verão... Talvez para o ano arrisque.

Imagem daqui

Os cinemas ao ar livre entretanto já acabaram, mas ainda há espectáculos na rua, apesar do mau tempo.
Muita pena de quem tem bilhetes para a Aida nestes dias, porque parece que não cancelam o espectáculo mesmo que esteja a chover, apenas aconselham os espectadores a levar "wet weather gear". Qual é a piada de ir ver Opera num sítio maravilhoso, vestindo um poncho de plástico debaixo de um temporal?
Mas num dia bom o espetáculo parece ser lindíssimo, oram vejam...

Imagem daqui
Imagem daqui
Imagem daqui

Kung Hei Fat Choy!



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…que é como quem diz Feliz Ano Novo!

Pois que a malta aqui não perde uma oportunidade de celebrar qualquer coisa. O que importa se o nosso ano novo já começou há quase 2 meses, se para os Chineses o ano lunar começa agora, então vamos lá comemorar outra vez!
Esta é uma data a que já nos habituámos nestes anos "down under”. As celebrações duram uma semana e em Sydney há mercadinhos com comida de rua, exposições alusivas ao tema, workshops e espectáculos para todos os gostos.
Este ano passaram por cá os Lanterns of the Terracotta Warriors, uma instalação criada por um artista chinês para os Jogos Olímpicos de Beijing em 2008 e que tem corrido vários pontos do mundo desde então.

Imagem daqui
Imagem daqui

Os chineses dizem que dá boa sorte cortar o cabelo, comprar roupa nova e redecorar a casa nesta altura do ano. É uma espécie de recomeço todos os anos. Por coincidência, ambos cortámos o cabelo nessa semana. Pode ser que seja um bom augúrio!

O ponto alto é o desfile de Domingo, com carros alegóricos decorados com representações do animal do ano que se inicia, os tradicionais dragões chineses, grupos vestidos com fatos tradicionais, música, luz, animação e claro, fogo de artifício.









Portanto, feliz ano do carneiro! Ou seria da cabra? Hmm...por cá tanto vimos "Year of the Sheep" como "Year of the Goat" e ficámos na dúvida se um deles teria sido engano na tradução ou se para os Chineses ia dar tudo ao mesmo... Anyway, feliz ano novo!

O mês do amor



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Happy Valentine's Day!

Uma das coisas boas de se morar em Sydney é que há sempre qualquer coisa a acontecer. Então agora no Verão, a oferta é sempre variada. Além dos festivais de Verão, concertos e espectáculos, temos cinemas outdoor para todos os gostos: O Moonlight Cinema no Centennial Park (o maior e mais barato, tipo pic-nic na relva); o Open Air Cinema em Bondi Beach (o mais badalado, para o qual se tem que comprar bilhetes com muita antecedência); o St. George Open Air Cinema junto aos Botanic Gardens (mais caro e com muita procura também, mas numa localização maravilhosa).

Mas depois há também uma série de programas gratuitos, perfeitos para aqueles fins-de-semana em que o tempo não está para praia.
Há sempre qualquer coisa a acontecer em Darling Harbour, sejam festivais culturais, concertos ou espectáculos de rua, para não falar do fogo de artifício todos os sábados. Fevereiro é "o mês do amor" e há todo um programa à volta desse tema.


O fim de semana passado fomos espreitar e ficámos agradavelmente surpreendidos. Tem um cinema ao ar livre gratuito, que apesar de ser pequeno não estava cheio. De 7 de Fevereiro a 7 de Março há filmes todas as noites e a selecção varia entre os filmes antigos e os mais recentes, mas todos dentro do género romântico. Nós apanhámos o "Splash", com o Tom Hanks. Boas recordações da minha infância.

Foto daqui


A meio do filme há um intervalo para o fogo de artifício em forma de corações às 21h. Oohhh...que romântico!

Foto daqui
Há corações por todo o lado, passeios românticos de barco a remo e uma série de actividades "fofinhas". Ahhhh...o amor...



Quem acha isto tudo uma lamechice tem bom remédio. É que as celebrações do Ano Novo Chinês estão agora a começar e há todo um programa à volta dessa temática. Gotta love Sydney!



4 anos (!) de Austrália



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11 de Fevereiro de 2011

Chegámos a Sydney às 6 da manhã. Estava calor, muito calor, e nós vínhamos vestidos à Outono. Eu até trazia umas botas nos pés! Coisa de amadora nisto das grandes viagens, que achou que era boa ideia levar os sapatos mais volumosos calçados para poupar espaço na mala e se esqueceu que o ideal era estar confortável na viagem e preparada para a mudança de temperatura na chegada.
Estava um dia cinzento e lembro-me perfeitamente de fazermos o caminho de carro até à casa dos tios do N. e de achar tudo tão estranho. As casas antigas nas zonas residenciais, ruas que me pareciam todas iguais, tudo tão diferente do que tinha imaginado.
Parece que foi ontem e ainda me custa a acreditar que já passaram 4 anos!

Nem sempre foi fácil. Têm sido anos emocionantes e cheios de conquistas, mas também houve algumas lágrimas em momentos difíceis. A nossa relação foi posta à prova, que isto de mudar de país e de rotinas também afecta a vida de casal, mas juntos superámos os desafios que foram aparecendo, crescemos os dois e tornámo-nos ainda mais cúmplices.
O balanço destes 4 anos é muito positivo. Apesar das saudades, que estão sempre presentes, estamos adaptados ao país e à nossa vida aqui. Ainda pensamos em voltar, porque há coisas que são insubstituíveis e a família faz-nos muita falta, mas enquanto não chega a altura certa, estamos bem aqui e gratos pelas oportunidades que a Austrália nos proporcionou. Vamos ver o que os próximos 4 nos reservam :)

Melbourne Highlights VI



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St Kilda e os Pinguins

Tínhamos ouvido falar da experiência de ver os pinguins a chegar ao pôr-do-sol na Phillip Island, mas ir para a ilha só fazia sentido se lá fossemos passar o dia e nós não tínhamos muito tempo.
Mas enquanto planeávamos a viagem, ainda em casa, descobrimos que havia outro local mais perto de Melbourne onde também podíamos ter uma experiência parecida.

Os relatos que tínhamos tido da Phillip Island diziam que era uma experiência inesquecível, mas um bocadinho comercializada, com entrada paga e bancadas na praia onde centenas de turistas se sentam à espera da chegada dos pinguins.
Em St Kilda, é uma experiência mais simples, gratuita, mas igualmente emocionante. Assim tínhamos a nossa oportunidade de tentar ir ver os pinguins depois de um dia de passeio na cidade, sem pôr em causa o resto dos planos.

Começámos por um passeio ao final da tarde por Brighton, uma zona de praia onde parte do areal está ocupado por estas casinhas de todas as cores.


Depois seguimos para St Kilda, encontrámos um sítio engraçado para jantar e esperámos pelas 20 horas. Ao pôr do sol agasalhámo-nos e caminhámos até ao pontão, seguindo outras pessoas que faziam o mesmo que nós.


Do outro lado tinha-se já juntado um pequeno grupo. E então esperámos...


E esperámos...


E de repente vemos uns movimentos na água lá ao fundo. E um burburinho entre as pessoas a comentar e a apontar para lá. E vimos chegar o primeiro.


Ao contrário do que pensávamos, eles não vêm todos juntos, vão chegando um ou dois de cada vez e são muito rápidos, por isso temos que estar bem atentos para não os perdermos. Tão depressa estavam lá ao fundo com a cabeça de fora de água, como mergulhavam e de repente já estavam mesmo à nossa frente, onde os víamos trepar as rochas e desaparecem para os ninhos por baixo do pontão.

Esta é a espécie de pinguins mais pequenos do mundo, com cerca de 30 cm de altura. A colónia em St Kilda é pequena, cerca de 100 pinguins, por isso não vimos assim tantos, talvez uns 15-20, mas foi muito giro ter a oportunidade de os ver tão perto, a saltitar para subir as rochas e de vez em quando a aparecer novamente lá pelo meio.


Os pinguins fazem os ninhos naquela zona e os adultos saem todas as manhãs para procurar comida e voltam ao pôr-do-sol para alimentar as crias. Embora não víssemos os bebés, que estavam protegidos nos ninhos entre as rochas, conseguíamos ouvi-los.



Apesar de este local não ser controlado como o de Phillip Island, haviam vários voluntários com lanternas vermelhas a ajudar os turistas a encontrar os pinguins e a zelar pelo seu bem-estar.


Eu que pensava que não havia animal mais giro para ver do que os koalas, afinal surpreendi-me com os pinguins. É realmente uma sensação indescritível estar tão perto de animais que normalmente só vemos na televisão. Mais uma experiência que não me importava nada de repetir.

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