Sydney Opera House

Sydney Opera House

Sobre a visita do Presidente...



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Há uns tempos alguém disse que o Presidente da República, Cavaco Silva, vinha cá a Sydney, como parte da sua viagem pela Indonésia e Austrália. A partir daí choveram comentários indignados com a falta de respeito pelo povo português e críticas ao absurdo desta viagem, quando o país atravessa uma das maiores crises de sempre e se pedem sacrifícios aos portugueses.
Semanas depois foi anunciado um jantar com a comunidade portuguesa em Sydney. Um jantar oferecido "pelo senhor Presidente" num hotel 5 estrelas. E de repente, aqueles que tanto o criticaram foram os primeiros a alinhar-se para o jantar.

Houve muito quem me perguntasse "Mas porque é que não vais? É de borla!".
Ora por muito que fosse agradável o convívio com outros conterrâneos e a refeição luxuosa, eu continuei a achar esta viagem e este jantar uma palhaçada e por isso não fui, por respeito aos meus familiares e amigos que trabalham e pagam os seus impostos em Portugal e que estão a ser afectados pelas constantes medidas de austeridade, pelos que estão desempregados e pelos que vivem de uma reforma pequena.

É que não sei se a malta percebeu que o dinheiro que pagou o jantar não saiu do bolso do senhor Presidente. Esse dinheiro é aquele que "não existe" para aumentar reformas miseráveis, para melhorar hospitais públicos, para apoiar instituições de solidariedade ou para assegurar o nosso futuro e o dos nossos filhos.

Mas isto sou eu, que não me vendo por um prato de camarões...

É para os apanhados?



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Andava eu a passear pela China Town quando vejo dois polícias a fazer adeus na minha direcção. Achei que não era nada comigo e ignorei, mas eles continuaram, a sorrir para mim. Por momentos pensei que fosse para os apanhados!
Quando me aproximei é que percebi que faziam parte do grupo de polícias que vão lá ao café regularmente e que era mesmo comigo. Uns queridos!

Vou sentir a falta deles. Oh well...


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 I hope so...                                                               imagem: we ♥ it

Eu nunca fui muito à bola com livros de auto-ajuda. Enquanto vivi com a minha mãe passaram-me muitos pela frente, já que ela é fã do género. Li "O segredo", "A Lei da Atracção" e outros que tais, sempre com a sensação de que não me diziam nada que eu não soubesse já.

Antes de vir para a Austrália a minha mãe ofereceu-me um livro que ela tinha adorado e que "era mesmo adequado a esta nova fase". Eu tentei lê-lo no avião mas desisti a meio e ele ficou abandonado numa prateleira cá de casa, sem lhe dar muita atenção (sorry mum..) até agora. No outro dia voltei a pegar nele e fiquei presa ao capítulo que fala sobre a nossa zona de conforto e em como ao sair dela a conseguimos aumentar. Em como nos devemos forçar a enfrentar situações de que temos medo ou que nos deixam pouco à vontade.
Ao reler aquela página apercebi-me de como aquilo fazia sentido.

Vir para a Austrália foi provavelmente o maior passo que alguma vez dei fora da minha zona de conforto e é verdade que, desde que o fiz, muita coisa mudou. Mas continuo a ter medo de arriscar em muita coisa.

Nos últimos tempos andava a aguentar uma situação que me incomodava, por "medo" de fazer o que tinha que ser feito. Sabia que resolver o problema era relativamente simples, mas para o fazer tinha que me pôr numa posição desconfortável e por isso fui adiando. Por medo, por culpa, talvez até por comodismo, esperei até hoje.
Mas de hoje não passou e lá dei mais um passo fora da zona de conforto. Hoje despedi-me.

Ups!

Está tudo louco



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Por razões que agora não interessam nada, hoje tive que entrar mais cedo ao trabalho, o que implicou apanhar o autocarro para a cidade às 5.20 da manhã.
Ainda era noite cerrada e estava um frio de rachar (deve ser por isso que se chama "acordar pela fresquinha").

Enquanto esperava na paragem passaram 2 pessoas a correr, roupa desportiva e ar atlético. Eu olhei para o relógio para me certificar que não me tinha enganado na hora do despertador e afinal já era mais tarde. Mas não, eram mesmo 5 da matina. Estes australianos são loucos!


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Um mês depois das mini férias em Cairns, recebemos no correio um "recuerdo" da viagem.
Os senhores da RTA acharam que era simpático enviar-nos uma foto do carro que alugámos para compor o álbum!

Apanhados a "alta velocidade"



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Durante a minha adolescência, havia uma banda local que fazia sucesso em todas as festas da escola. Eram miúdos, como eu na altura, e eram presença certa em qualquer festa nas escolas secundárias de Faro.

Eles eram "só" uma banda de garagem, não tinham discos gravados, não havia facebook nem youtube, mas mesmo assim sabíamos as letras das músicas de cor.
Lembro-me de passar os finais de tarde no quarto com a minha irmã, à espera que a música deles passasse na Super Fm (rádio local) para pormos a gravar no "rec", para uma cassete*.
Na minha turma alguém tinha uma cassete cheia de músicas, que ia rodando por quem a quisesse copiar. E haviam letras escritas nas últimas páginas dos cadernos.

Era uma boa banda, com boa música e com letras com que ainda hoje me identifico e que me transportam para aquele tempo sempre que as oiço, mas o tempo passou e acabaram por se separar.

Este fim de semana, eles voltam a juntar-se para um concerto único na semana académica do Algarve. Tem havido uma espécie de contagem decrescente na página do facebook, onde aos poucos se foram divulgando músicas e letras e a expectativa vai aumentando.
Vai ser uma noite de regresso ao passado, para recordar os velhos tempos, para rever caras conhecidas (sei que grande parte das pessoas da escola daquela altura vão estar lá) e para se surpreenderem por ainda se lembrarem das letras, mesmo passados tantos anos.

Mana, amigos e colegas de Faro, por favor digam-me que vão estar lá, por mim! É que eu se estivesse aí não perdia isto por nada!





Essa cassete ainda existe, em Portugal. Andava comigo no meu "bolinhas", já que em casa há muito que não existia um leitor de cassetes. Nunca fui capaz de me desfazer dela.
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